Um sequestro que durou 8 meses e envolveu 32 milhões de reais foi revelado hoje sexta-feira pela Polícia Civil e noticiado pela Rede Sul de Notícias. Aconteceu em Pinhão com uma família de agricultores que foi mantida em cativeiro durante esse tempo todo.
Os sequestradores colocaram o pai numa casa e a mãe e filhos em outra. Durante esses meses, obrigavam o pai e a mãe a assinarem documentos transferindo propriedades (170 alqueires de terras e benfeitorias), sob constante ameaças. Pai e mãe e filhos em locais diferentes não sabiam o que estava se passando entre eles.
As transações eram feitas com acompanhamento de um "testa de ferro" dos sequestradores, de nome Acir Antunes das Neves. As vítimas só saiam dos cativeiros para assinar documentos sendo vigiadas pelos sequestradores. Estando separados, pai ou mãe ficavam com medo de denunciar ou reagir.
O sequestro começou a ser desarmado pelo desespero de uma das vítimas, que viu quatro caixões de defunto num galpão e percebeu que as ameaças de morte dos sequestradores não eram um blefe. O plano seria exterminar a família quando as transferências de propriedades e dinheiro fossem concluídas.
Um dos filhos negociou para que o pai fosse trazido para junto deles, o que foi aceito. Num descuido dos sequestradores quando estavam na cidade, a vítima conseguiu avisar parentes e a polícia foi acionada.
Os nomes das vítimas não foram divulgados e dos demais sequestradores também não. Os bandidos são de Pinhão.
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